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Como o declínio do dólar afeta os mercados e seu bolso em 2025
Em 2025, a relação comercial entre China e Rússia atingiu um novo patamar: mais de 90% das transações bilaterais são agora liquidadas em yuan e rublo, substituindo quase completamente o dólar americano nas trocas entre os dois países.
Essa mudança não é isolada. Diversos países estão buscando alternativas ao dólar em suas transações internacionais, impulsionados por fatores como sanções econômicas, instabilidades geopolíticas e o desejo de maior autonomia monetária.
O dólar está perdendo seu reinado? E como isso afeta SEU bolso?
A desdolarização — o processo de reduzir a dependência do dólar nas transações internacionais — está ganhando força e pode ter impactos significativos na economia global e no seu dia a dia.
Neste artigo, você vai entender por que países estão fugindo do dólar e como se preparar para uma economia multimoedas.
A desdolarização é o processo pelo qual países e economias buscam reduzir sua dependência do dólar americano em transações comerciais, reservas cambiais e como referência em acordos financeiros internacionais.
Em 1944, enquanto a Segunda Guerra Mundial ainda sacudia o mundo, representantes de 44 países se reuniram em Bretton Woods, nos Estados Unidos, para construir um novo sistema econômico global.
O dólar americano foi escolhido como a moeda central do sistema, lastreado em ouro a uma taxa fixa de 35 dólares por onça.
Essa decisão consolidou o dólar como o pilar da economia global, uma vez que os Estados Unidos emergiam como a maior potência econômica do mundo.
Por décadas, o dólar permaneceu inabalável, servindo como referência para transações internacionais e reservas de bancos centrais.
Entretanto, o cenário começou a mudar em 1971, quando o então presidente americano, Richard Nixon, tomou uma decisão histórica: encerrar o lastro do dólar no ouro, em um movimento conhecido como o "Choque Nixon".
Em 2022, as sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados à Rússia, em resposta à guerra na Ucrânia, evidenciaram os riscos de depender exclusivamente do dólar.
Com ativos congelados e restrições ao acesso ao sistema financeiro global (baseado em grande parte no dólar), países como China, Rússia e Irã intensificaram esforços para diversificar suas transações.
Essa transformação ganhou ainda mais força em 2023 e 2024, quando economias emergentes, como Índia, Turquia e Brasil, começaram a firmar acordos bilaterais para utilizar suas próprias moedas em trocas comerciais, reduzindo o papel do dólar.
O uso do dólar como ferramenta de sanções econômicas tem gerado consequências significativas. O caso mais emblemático ocorreu em 2022, quando os Estados Unidos e seus aliados cortaram a Rússia do sistema SWIFT, que permite transações financeiras internacionais.
Como resposta, a Rússia começou a exigir pagamentos em rublos e yuan para suas exportações de gás e petróleo.
Até 2025, mais de 70% do comércio energético russo ocorre fora do dólar, um marco que incentivou outros países a seguir o mesmo caminho para evitar o risco de bloqueios financeiros.
Os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) desempenham um papel central na desdolarização.
Em 2025, o bloco foi ampliado para incluir países como Egito, Emirados Árabes Unidos e Argentina, formando o chamado BRICS+, uma coalizão que representa mais de 40% da população mundial e cerca de 30% do PIB global.
Uma das propostas mais ambiciosas do grupo é a criação de uma moeda comum para o comércio entre seus membros.
Embora ainda seja um projeto em desenvolvimento, a ideia reflete a insatisfação com a dependência do dólar e a busca por maior autonomia monetária.
Desde a década de 1970, o comércio de petróleo tem sido dominado pelo "petrodólar", com a maioria das transações realizadas exclusivamente em dólares americanos. No entanto, essa realidade está mudando rapidamente com o surgimento do petroyuan.
A China, maior importador de petróleo do mundo, tem trabalhado para convencer grandes exportadores, como a Arábia Saudita, a aceitar pagamentos em yuan.
Em 2024, um acordo histórico foi firmado, permitindo que a Arábia Saudita vendesse petróleo para a China em yuan pela primeira vez.
Assim como a China avança com o yuan digital, tecnologias como os pagamentos invisíveis via IoT estão transformando a forma como lidamos com transações globais
A dívida dos Estados Unidos atingiu US$ 34 trilhões em 2025, gerando preocupações crescentes sobre a sustentabilidade fiscal do país.
Os juros crescentes sobre a dívida, combinados com desacordos políticos recorrentes sobre o teto da dívida, estão minando a confiança nos T-Bonds, que tradicionalmente são vistos como um dos ativos mais seguros do mundo.
Esse cenário de incerteza financeira está levando países, especialmente economias emergentes, a reduzir suas reservas de dólar e buscar ativos menos arriscados.
Bancos centrais de todo o mundo têm aumentado suas reservas em ouro e outras moedas, como o yuan, sinalizando uma mudança estrutural no sistema financeiro global.
País | Ações Contra o Dólar | Moeda Alternativa |
---|---|---|
China | Petroyuan, CIPS, aumento de reservas de ouro | Yuan digital |
Rússia | Comércio em rublo/ouro | Rublo |
Índia | Acordos comerciais em rúpias | Rúpia indiana |
Brasil | Acordo comercial yuan-real | Real |
A China é a força motriz por trás da desdolarização, liderando o caminho com várias iniciativas estratégicas. O yuan digital, lançado em 2021, está ganhando tração não apenas no mercado interno, mas também em transações internacionais.
Em 2025, o Sistema de Pagamentos Interbancários Transfronteiriços (CIPS) se consolidou como uma alternativa viável ao SWIFT, permitindo transações globais em yuan.
Cortada do sistema SWIFT em 2022, a Rússia teve que reconfigurar sua estratégia financeira global. Em resposta, o país implementou o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS), uma alternativa doméstica ao SWIFT, e intensificou o comércio bilateral com moedas locais, como o rublo e o yuan.
Em tempos de incerteza econômica e desconfiança em moedas fiduciárias, o ouro e a prata voltam a brilhar como ativos de proteção.
Dados Recentes:
Oportunidade de Investimento:
A desdolarização também impulsiona o interesse por criptomoedas como o Bitcoin (BTC), moedas lastreadas em ouro (XAU) e CBDCs (moedas digitais de bancos centrais).
O Bitcoin, em particular, é visto como um "ouro digital", oferecendo proteção contra a desvalorização de moedas fiduciárias.
Tendências Atuais:
Dica de Investimento:
O processo de desdolarização, apesar de fascinante e repleto de oportunidades, também traz desafios significativos para investidores, empresas e governos.
Uma economia multimoedas tende a amplificar a volatilidade. Diferentemente do dólar, que é respaldado pela confiança histórica e pela liquidez global, muitas moedas locais enfrentam instabilidade.
Impacto Direto:
Apesar da desdolarização estar em curso, o dólar ainda responde por 58% das reservas globais (dados do FMI de 2024). Ele continua sendo a moeda mais líquida, usada em transações comerciais e financeiras ao redor do mundo.
Fatos Relevantes:
Resumo em Uma Frase: "O dólar não vai desaparecer, mas seu domínio absoluto está com os dias contados."
Preparar-se para a desdolarização exige conhecimento e estratégia. Acompanhe o blog Osmose Financeira para análises exclusivas e dicas sobre como navegar nesse novo cenário econômico global.
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