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Aluguel na Mira da Receita: Como se Proteger da Nova Fiscalização com a Lei 214/2023?

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A Desdolarização e Seu Impacto na Economia Global

A Desdolarização e Seu Impacto na Economia Global
Imagem mostrandpo uma nota de 100 dólares pegando fogo simbolizando a desdolarização
A desdolarização é um fenômeno que veio para ficar?

A Desdolarização é o fim dos EUA?

Como o declínio do dólar afeta os mercados e seu bolso em 2025

Publicado em: 24 de maio de 2025 Por: Osmose Financeira

1.É o Fim da Hegemonia do Dólar?

Em 2025, a relação comercial entre China e Rússia atingiu um novo patamar: mais de 90% das transações bilaterais são agora liquidadas em yuan e rublo, substituindo quase completamente o dólar americano nas trocas entre os dois países.

Essa mudança não é isolada. Diversos países estão buscando alternativas ao dólar em suas transações internacionais, impulsionados por fatores como sanções econômicas, instabilidades geopolíticas e o desejo de maior autonomia monetária.

O dólar está perdendo seu reinado? E como isso afeta SEU bolso?

A desdolarização — o processo de reduzir a dependência do dólar nas transações internacionais — está ganhando força e pode ter impactos significativos na economia global e no seu dia a dia.

Neste artigo, você vai entender por que países estão fugindo do dólar e como se preparar para uma economia multimoedas.

2. O Que é Desdolarização?

Por Que o Dólar Virou a Moeda Global – e Por Que Isso Pode Mudar

A desdolarização é o processo pelo qual países e economias buscam reduzir sua dependência do dólar americano em transações comerciais, reservas cambiais e como referência em acordos financeiros internacionais.

A Ascensão do Dólar: Bretton Woods e a Era Pós-Guerra

Em 1944, enquanto a Segunda Guerra Mundial ainda sacudia o mundo, representantes de 44 países se reuniram em Bretton Woods, nos Estados Unidos, para construir um novo sistema econômico global.

O dólar americano foi escolhido como a moeda central do sistema, lastreado em ouro a uma taxa fixa de 35 dólares por onça.

Essa decisão consolidou o dólar como o pilar da economia global, uma vez que os Estados Unidos emergiam como a maior potência econômica do mundo.

Por décadas, o dólar permaneceu inabalável, servindo como referência para transações internacionais e reservas de bancos centrais.

Entretanto, o cenário começou a mudar em 1971, quando o então presidente americano, Richard Nixon, tomou uma decisão histórica: encerrar o lastro do dólar no ouro, em um movimento conhecido como o "Choque Nixon".

Sanções Econômicas e o Impulso à Desdolarização

Em 2022, as sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados à Rússia, em resposta à guerra na Ucrânia, evidenciaram os riscos de depender exclusivamente do dólar.

Com ativos congelados e restrições ao acesso ao sistema financeiro global (baseado em grande parte no dólar), países como China, Rússia e Irã intensificaram esforços para diversificar suas transações.

Essa transformação ganhou ainda mais força em 2023 e 2024, quando economias emergentes, como Índia, Turquia e Brasil, começaram a firmar acordos bilaterais para utilizar suas próprias moedas em trocas comerciais, reduzindo o papel do dólar.

3. Por Que a Desdolarização Está Acelerando?

4 Fatores Que Estão Acabando Com o Domínio do Dólar em 2025

1. Guerras e Sanções: A Fragmentação do Sistema Financeiro Global

O uso do dólar como ferramenta de sanções econômicas tem gerado consequências significativas. O caso mais emblemático ocorreu em 2022, quando os Estados Unidos e seus aliados cortaram a Rússia do sistema SWIFT, que permite transações financeiras internacionais.

Como resposta, a Rússia começou a exigir pagamentos em rublos e yuan para suas exportações de gás e petróleo.

Até 2025, mais de 70% do comércio energético russo ocorre fora do dólar, um marco que incentivou outros países a seguir o mesmo caminho para evitar o risco de bloqueios financeiros.

2. Ascensão do BRICS+: Uma Coalizão Econômica Contra a Hegemonia do Dólar

Os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) desempenham um papel central na desdolarização.

Em 2025, o bloco foi ampliado para incluir países como Egito, Emirados Árabes Unidos e Argentina, formando o chamado BRICS+, uma coalizão que representa mais de 40% da população mundial e cerca de 30% do PIB global.

Uma das propostas mais ambiciosas do grupo é a criação de uma moeda comum para o comércio entre seus membros.

Embora ainda seja um projeto em desenvolvimento, a ideia reflete a insatisfação com a dependência do dólar e a busca por maior autonomia monetária.

3. Petroyuan Chinês: O Fim do "Petrodólar"?

Desde a década de 1970, o comércio de petróleo tem sido dominado pelo "petrodólar", com a maioria das transações realizadas exclusivamente em dólares americanos. No entanto, essa realidade está mudando rapidamente com o surgimento do petroyuan.

A China, maior importador de petróleo do mundo, tem trabalhado para convencer grandes exportadores, como a Arábia Saudita, a aceitar pagamentos em yuan.

Em 2024, um acordo histórico foi firmado, permitindo que a Arábia Saudita vendesse petróleo para a China em yuan pela primeira vez.

Assim como a China avança com o yuan digital, tecnologias como os pagamentos invisíveis via IoT estão transformando a forma como lidamos com transações globais

4. Crise da Dívida dos EUA: Um Gigante em Risco

A dívida dos Estados Unidos atingiu US$ 34 trilhões em 2025, gerando preocupações crescentes sobre a sustentabilidade fiscal do país.

Os juros crescentes sobre a dívida, combinados com desacordos políticos recorrentes sobre o teto da dívida, estão minando a confiança nos T-Bonds, que tradicionalmente são vistos como um dos ativos mais seguros do mundo.

Esse cenário de incerteza financeira está levando países, especialmente economias emergentes, a reduzir suas reservas de dólar e buscar ativos menos arriscados.

Bancos centrais de todo o mundo têm aumentado suas reservas em ouro e outras moedas, como o yuan, sinalizando uma mudança estrutural no sistema financeiro global.

Imagem mostrando uma bandeira em nota de dólar ao vento
Hegemonia do dólar americano começa a dar sinais de fraqueza

4. Economia Multimoedas: Quem Está Liderando?

Quem Está Abandonando o Dólar? Ranking dos Países na Vanguarda

País Ações Contra o Dólar Moeda Alternativa
China Petroyuan, CIPS, aumento de reservas de ouro Yuan digital
Rússia Comércio em rublo/ouro Rublo
Índia Acordos comerciais em rúpias Rúpia indiana
Brasil Acordo comercial yuan-real Real

China: O Motor da Mudança Global

A China é a força motriz por trás da desdolarização, liderando o caminho com várias iniciativas estratégicas. O yuan digital, lançado em 2021, está ganhando tração não apenas no mercado interno, mas também em transações internacionais.

Em 2025, o Sistema de Pagamentos Interbancários Transfronteiriços (CIPS) se consolidou como uma alternativa viável ao SWIFT, permitindo transações globais em yuan.

Rússia: Resiliência e Inovação Financeira

Cortada do sistema SWIFT em 2022, a Rússia teve que reconfigurar sua estratégia financeira global. Em resposta, o país implementou o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS), uma alternativa doméstica ao SWIFT, e intensificou o comércio bilateral com moedas locais, como o rublo e o yuan.

Imagem mostrando 2 bandeiras da China e dos EUA com suas respectivas moedas
Guerra pelo domínio da Geoplítica mundial

5. Impactos Práticos: Como Afeta Seus Investimentos?

Desdolarização na Prática: Onde Investir (e Evitar) em 2025

1. Ouro e Prata: A Volta às Reservas de Valor

Em tempos de incerteza econômica e desconfiança em moedas fiduciárias, o ouro e a prata voltam a brilhar como ativos de proteção.

Dados Recentes:

  • Em 2024, o Banco Central da China adicionou mais de 200 toneladas de ouro às suas reservas.
  • Os preços do ouro subiram mais de 15% desde 2023, atingindo novos recordes históricos em 2025.

Oportunidade de Investimento:

  • ETFs de ouro e prata são opções acessíveis e líquidas para investidores individuais.
  • Mineração de metais preciosos pode ser uma forma de se expor ao setor com potencial de altos retornos.

2. Criptomoedas: A Ascensão de Alternativas Descentralizadas

A desdolarização também impulsiona o interesse por criptomoedas como o Bitcoin (BTC), moedas lastreadas em ouro (XAU) e CBDCs (moedas digitais de bancos centrais).

O Bitcoin, em particular, é visto como um "ouro digital", oferecendo proteção contra a desvalorização de moedas fiduciárias.

Tendências Atuais:

  • Com o aumento da adoção institucional, o preço do Bitcoin subiu 30% em 2024 e continua em alta.
  • Países como Nigéria e Índia estão promovendo suas CBDCs para reduzir a dependência de sistemas financeiros ocidentais.

Dica de Investimento:

  • Invista em criptomoedas estabelecidas como BTC e ETH, mas mantenha uma visão de longo prazo.
  • Avalie stablecoins lastreadas em ouro (como Tether Gold) para proteção contra volatilidade.

Para fixar na mente: Desdolarização Tem Lado Ruim? Riscos Que Ninguém Conta

O processo de desdolarização, apesar de fascinante e repleto de oportunidades, também traz desafios significativos para investidores, empresas e governos.

1. Volatilidade: Moedas Locais em um Mar de Incertezas

Uma economia multimoedas tende a amplificar a volatilidade. Diferentemente do dólar, que é respaldado pela confiança histórica e pela liquidez global, muitas moedas locais enfrentam instabilidade.

Impacto Direto:

  • Para investidores: Maior flutuação nas taxas de câmbio pode complicar a precificação de ativos internacionais.
  • Para consumidores: A volatilidade pode elevar o custo de produtos importados em países dependentes de insumos estrangeiros.

2. Liquidez: O Dólar Ainda é Rei, Por Enquanto

Apesar da desdolarização estar em curso, o dólar ainda responde por 58% das reservas globais (dados do FMI de 2024). Ele continua sendo a moeda mais líquida, usada em transações comerciais e financeiras ao redor do mundo.

Fatos Relevantes:

  • Empresas globais continuam emitindo dívidas em dólar devido à alta liquidez e confiança.
  • Bancos centrais mantêm reservas significativas em dólar como proteção contra crises financeiras.

Resumo em Uma Frase: "O dólar não vai desaparecer, mas seu domínio absoluto está com os dias contados."

Preparar-se para a desdolarização exige conhecimento e estratégia. Acompanhe o blog Osmose Financeira para análises exclusivas e dicas sobre como navegar nesse novo cenário econômico global.

Glossário Rápido

Desdolarização
Processo pelo qual países reduzem sua dependência do dólar americano em transações comerciais, reservas cambiais e acordos financeiros internacionais.
Dólar Americano (USD)
Moeda oficial dos Estados Unidos e tradicional moeda de reserva global.
Moeda de Reserva
Moeda mantida por bancos centrais e instituições financeiras como ativo seguro e amplamente aceito internacionalmente.
Petrodólar
Sistema em que o petróleo é negociado majoritariamente em dólares americanos, consolidando o papel do dólar na economia global.
Petroyuan
Termo usado para descrever a venda de petróleo em yuans (moeda chinesa), como alternativa ao sistema do petrodólar.
Sistema SWIFT
Rede global de mensagens seguras usada por bancos para realizar transações internacionais.
CIPS
Sistema de Pagamentos Interbancários Transfronteiriços da China, alternativa ao SWIFT para transações em yuan.
BRICS+
Bloco econômico composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros países aliados, buscando maior autonomia monetária.
Moeda Fiduciária
Dinheiro cujo valor é respaldado pelo governo que o emite, não por ativos físicos como ouro.
Criptomoeda
Moeda digital descentralizada baseada em tecnologia blockchain, como Bitcoin e Ethereum.
Ouro como Ativo de Reserva
Metal precioso historicamente usado como reserva de valor e proteção contra instabilidade monetária.

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